Monday, December 7, 2009

Etapa 9: Cadavo - Lugo 31,5 kms

31/05








Durmo com um calor danado. Acabo tirando a camiseta, mas a escolha não foi das melhores, pois acordo com princípio de dor de garganta.
Consigo sair cedo, pelas 7:30. Mas como a sinalização não estava boa acabei perdendo uns 20 minutos só para sair da cidade.
A manhã está meio fria, e o caminho inicia com uma subida leve. Logo encontro uma fonte.
Pouco asfalto e antes de Villabade uma bela igreja no meio de um bosque. Saio da trilha e vou de encontro a uma fonte que estava na frente dela. Não obstante estava somente com uma hora de caminhada paro, pois o lugar tem um clima especial.





Sigo e chego a Villabade, onde tem outra bela igreja. Mas é domingo e o pequeno vilarejo tem ares de cidade fantasma. Nesses lugares pequenos somente se vê o pessoal que trabalha no campo, pois fim de semana praticamente não existe.
O calor vai apertando, mas por sorte tem muita sombra no caminho.
O joelho não incomodava, provavelmente porque estava aquecido. Em Castroverde paro para tomar um café. O rapaz do bar pergunta se quero que ele coloque um pouco de orujo (aguardente)... Não precisa dizer que aceitei.
Faço umas fotos e sigo em frente, sempre sem encontrar uma alma viva. O caminho segue por pequenas estradas secundárias asfaltadas e algumas trilhas de terra.
Passo por vários pueblos, mas nenhum ponto estratégico onde se poderia sentar para uma parada. Era quase meio dia e começo a me cansar.
Em Gondar vejo uma placa dizendo ‘Bebidas frias’ e fico contente, pois imaginava um bar, mas qual a minha decepção ao ver que era apenas uma máquina de latinhas... no meio do nada.
Consigo parar quando faltam uns 9 kms para Lugo e sinto que estava para se formar alguma bolha no pé.
Almoço e descanso por uns 40 minutos. Continuo com um calor terrível, mas mesmo assim sigo com uma boa velocidade.







Por conta dos vários desvios de obras os 9 kms aumentam. Encontro o casal italiano, que estava derretendo também, isso por volta de 3 da tarde.
Enfim chegamos juntos a Lugo, eram quase quatro da tarde, estou quebrado. Paramos num bar para selar a credencial e beber algo.
Passamos as famosas muralhas romanas e chegamos ao albergue, que era muito bom. O hospitaleiro chama-se Jose Antonio e é muito gentil, me dá umas dicas e inclusive disse que conhecia o presidente da associação de amigos do caminho de Tineo, Laureano.
Interessante que ele me diz que Palas de Rey, que seria a próxima etapa não tinha nada que ver com o caminho primitivo. Por isso acabo mudando um pouco os meus planos, decidindo ir a San Roman de Retorta e depois a Melide.
Fico um tempão conversando com os senhores espanhóis, que deixariam o caminho para continuar em outro ano. A peruana do dia anterior também pararia por ali. É muito comum as pessoas que não tem tempo suficiente fazer uma parte e retomar em outra ocasião.



Assim, no caminho, que já era bem solitário, restariam Marcos e Rafa (os primos espanhóis), Fabiana e Tommaso ( o casal italiano) e um senhor de Santander (que por sinal estava com tendinite).
Saio para fotografar e vou jantar no Meson Museo, indicado por Jose Antonio. Vou com os italianos e foi bem divertido, pois falamos do caminho. E no final Tommaso fez questão de pagar a conta. Voltamos ao albergue, o meu joelho incomodava um pouco e me lembrei de uma bolha formada pelo esparadrapo que eu tinha justamente posto para evitar a formação de uma outra...
Amanhã a etapa será mais tranqüila.

Outras fotos da etapa Cadavo Lugo

No comments:

Post a Comment